Aconteceu
Encontro das Décadas de 1970 a 1989
08 a 10 de novembro de 2017
Um grupo de seis Irmãs reuniu-se em Jauá para um tempo de formação e convivência. Outras seis faziam parte do grupo, mas por diversos motivos, não puderam estar presentes. Além do mais, este pequeno grupo teve uma característica bem especial: todas eram as únicas representantes de turmas diferentes.
Os dias foram bem animados com tempos de partilha, oração, descanso e lazer com filmes, amiga secreta, bingo...
Para refletir sobre o tema escolhido pelo grupo - Um olhar sobre o meu SIM, unificando a missão e o meu SER Religioso – o grupo contou com a ajuda de Ir. Marie-Jô GROLLIER, da Congregação das Auxiliares do Sacerdócio.
Eis aqui um resumo do que foi refletido:
“Um olhar sobre meu SIM”... significa que um dia eu disse um SIM! A quem? Quando? Por quê?
Se respondi SIM, significa que alguém me pediu algo. No nosso caso, este SIM tem a ver com Jesus!
Começamos escutando um chamado de Deus a partir do texto de Ex. 3, 1-14.
Depois, partilhamos como foi nosso chamado vocacional.
“Unificando a missão e o meu SER Religioso”
O objetivo do chamado de Jesus é duplo:
O chamado sempre é e será iniciativa de Deus em vista de... A resposta: sempre é e será MINHA. É uma história de paixão entre Deus e eu...
O envio: Deus chama para nos enviar em missão.
No nosso caso, Deus nos chamou para uma forma de vida que nos permite estar totalmente entregues a Deus. Isso é a nossa forma de vida: vida religiosa consagrada vivida fraternalmente em comunidade! Porém, não tem sentido se não for para viver de forma mais radical a nossa consagração do batismo! Pelo batismo, somos missionárias!
A nossa vida comunitária é o espaço onde podemos verificar, praticar o que queremos viver lá fora! Ela vai dar força para a nossa missão, vai alimentar a nossa vida de comunidade. Como?
Se a minha comunidade está realmente com os olhos fixos em Jesus e Jesus sendo o centro dessa minha comunidade, poderemos ser mediação entre o Povo e Deus.
O que é Missão?
Missão é, antes de tudo, um movimento para o coração de Deus. À missionária cabe adentrar neste movimento da Santíssima Trindade. Antes de ser uma atividade, missão é contemplação e disposição para mergulhar no projeto e na bondade de Deus. A missionária é um instrumento em suas mãos. Este movimento que está na raiz da vida da missionária tem algumas consequências claras.
Antes de tudo, sendo o projeto trinitário o que está na base da evangelização, a missionária deve percorrer um longo caminho para o coração de Deus, deve assumir a visão que Deus tem em relação à realidade e à história.
O longo caminho da missão assume como método o dinamismo trinitário. A vida que circula entre as Pessoas da Santíssima Trindade, como vida de comunhão, é a característica da prática de quem evangeliza.
A finalidade da evangelização é o ministério trinitário. Isso significa que o Reino na sua plenitude é o caminho da prática da missionária.
O/a Missionário/a é alguém que se sente vulnerável, limitada, e não autossuficiente.
A raiz da vulnerabilidade da missionária é a mesma cruz de Jesus, sinal da fraqueza e de derrota. O nosso Deus não quis nos salvar mediante uma ação poderosa, intervindo na realidade e eliminando a fraqueza humana.
Para o/a missionário/a, a experiência da própria fraqueza e da própria limitação é a porta de entrada para confiar na misericórdia de Deus e para ser misericordioso com os outros.
O/A Missionário/a é alguém que procura um tesouro.
O tesouro já está presente na vida do/a missionário/a, mas necessita ser revelado e explicitado no mundo e na vida do outro.
A primeira motivação de uma vocação missionária é que a pessoa tenha uma intensa experiência de Deus.
A primeira atitude que deve acompanhar a/o missionária/o é a do silêncio e da escuta diante do mistério.
Pelo menos 3 atitudes são necessárias em nós: ir para dentro do Coração de Deus, ser vulnerável e ter compaixão como Deus tem; a compaixão é sentir dentro de si o drama da humanidade.
Se fôssemos dar uma definição, poderíamos dizer: Missão é fazer crescer o Reino de Deus e Ele está acontecendo quando há sinais Fraternidade e de Filiação.
O envio:
O que caracteriza a Missionária é o seu ENVIO! Desde nosso Batismo, somos missionárias e enviadas para missão.
Vejamos Mc 6,6-13 ou Lc 10, 17-20.
Existe ainda a volta da Missão. Nunca esqueçamos que somos simplesmente instrumentos e que quem realiza é Deus.
O Espírito Santo nos acompanha sempre e sem cessar, isso foi a promessa de Jesus!
O que deve alimentar a Missionária?
A Palavra de Deus inspira e ilumina os passos dos missionários/as. A leitura, a meditação a oração, a contemplação e a aplicação prática são os passos para adentrar nas escrituras sagradas.
E em nossa vocação missionária (Padre Vigne foi grande Missionário) como Irmãs Sacramentinas?
A Eucaristia sendo o centro de sua vida...
Há 3 verbos que acompanham o momento central da celebração da Eucaristia que revelam a radicalidade da doação de Jesus, e consequentemente das/dos missionário/as: TOMAR, PARTIR E DAR.
Não é suficiente ser chamado/a à vida de missionários, como a de Jesus, devem ser “PARTIDAS” e “QUEBRADAS” para que o projeto de Deus se realize. A vontade de Deus e seus caminhos “QUEBRAM” os projetos pessoais, para que somente o PROJETO DE DEUS aconteça.
Para concluir esta reflexão, Ir. Marie-Jô, propôs a lenda do MEU AMADO BAMBU.

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