Encontro das Superioras
“Fazei tudo o que Ele vos disser”. Jo, 2,5
Foi com este mantra, do evangelho das Bodas de Caná que o encontro das superioras teve início no dia 13, às 19h30. Cantando suavemente este refrão, cada uma, foi entrando no clima de oração, seguido da dinâmica: “Ninguém se salva sozinho”.
Fitas coloridas foram estendidas no centro da sala formando um sol colorido, cujos raios faziam cintilar as diferentes cores dos valores necessários para fazer “Tudo o que Ele disser”: escuta, diálogo, vida de oração, respeito, paciência, fidelidade, liberdade, resiliência, disponibilidade, compromisso, alegria, compreensão, serviço, amor, fazer a vontade de Deus,... Tudo isso fala de um modo concreto de se viver, no cotidiano, a arte da obediência. Ao som da canção: “Ninguém se salva sozinho, preciso é soltar os nós. A gente, o povo inteirinho; o ‘eu’ agora é ‘nós’... Servir e ter caridade, verdade e paz promover, cuidar de quem é vulnerável, para o mundo fraterno viver... Ninguém se salva sozinho...”¹ cada irmã se levantou para pegar uma fita e, juntas, desataram o nó...
Com trechos dos atos capitulares e da regra de vida, cada uma foi reavivando no coração aquilo que foi trabalhado e partilhado em comunidade.
Na sexta-feira, dia 14, pela manhã, foi realizada a partilha do projeto de congregação continuando a reflexão sobre a obediência.
Na tarde da sexta-feira, as irmãs partilharam as sugestões de versículos da Palavra de Deus para acompanhar o próximo capítulo, propuseram temas a serem trabalhados a partir do mesmo e valores sacramentinos a serem resgatados no cotidiano.
Como sacramentina, alguns valores são essenciais na vivência do nosso carisma: construir a comunhão, a unidade; viver a caridade; ser humilde; saber escutar e dialogar; acolher e aceitar as diferenças; cultivar a amizade com o Senhor através da oração pessoal e comunitária; adorá-Lo em seu ‘sacramento de amor’, viver a simplicidade, cultivar a esperança...
Para concluir este encontro, no sábado, pela manhã, foi convidada a psicóloga Dra. Alice Gatis que trabalhou a temática da comunicação não violenta, definindo-a como: “habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade da pessoa continuar um diálogo, mesmo em condições adversas permitindo a ela se expressar com honestidade e clareza, ao mesmo tempo que dá aos outros uma atenção respeitosa e empática”.
A arte da comunicação não violenta nos foi ensinada pelo bem-aventurado Pierre Vigne, que nos ensinou a reconhecer na obra da criação e na contemplação do Mistério Pascal, todo o Amor, bondade e misericórdia do Pai para com os seus filhos e filhas. Ele nos deu o seu Filho Único que doou livremente a sua vida...”Amando-nos até o fim”. Dele recebemos todos os dons, sobretudo o mais precioso de todos: o Amor que é capaz de tudo transformar e é comparado ao ouro que traz ‘beleza a tudo aquilo onde é aplicado’. Que na Escola da Virgem Maria, aprendamos e amadureçamos na arte da obediência e da comunicação não violenta que é a ‘arte de amar’.
Ir. Sheila Machado da Rocha